CURIOSIDADES
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE COOPERATIVAS
O QUE É COOPERATIVISMO?
Cooperar é uma atividade natural do ser humano, que sempre teve a solidariedade como uma de suas características mais marcantes. Para solucionar problemas do dia-a-dia, a sociedade criou o cooperativismo, que permite que as pessoas se organizem para agir em conjunto. A Política Nacional de Cooperativismo estabelece que os membros de uma sociedade cooperativista se obrigam reciprocamente a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica de proveito comum e sem objetivo de lucro. Participar de uma cooperativa representa integrar uma instituição totalmente voltada para o benefício de seus associados. Este ideal permite a oferta de condições exclusivas, a auto-sustentação da entidade e a segurança dos cooperativados.
O QUE SÃO COOPERATIVAS?
São associações autônomas de pessoas que se unem para atingir objetivos e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, em torno de uma instituição de propriedade coletiva, democraticamente gerida. As cooperativas devem ser entendidas como alternativas de organização produtiva, que funcionam apoiadas na ajuda mútua, na solidariedade, contrapondo-se ao modelo estabelecido de exploração pelo capital.
UM POUCO DA HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO...
A história do cooperativismo começa no século seguinte à Revolução Industrial. Foi em 21 de dezembro de 1844, na cidade inglesa Manchester, que 28 tecelões se juntaram para comprar itens de necessidade com preços melhores. Eles formaram a “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale”, que se tornou a primeira cooperativa do mundo.
A invenção da máquina a vapor criou jornadas de trabalho exaustivas e uma corrida interminável pelo lucro. Com a criação dessa estrutura, os tecelões colocaram as pessoas no centro, em vez dos lucros. Ainda usaram a estrutura para driblar o desemprego e os custos elevados, já que dividiam o que compravam. Essa semente germinou e se espalhou pelo mundo.
O que aparentemente parecia apenas um armazém, idealizado para oferecer aos seus cooperados artigos de primeira necessidade e outros serviços de ordem econômico-social, transformou-se na semente do movimento cooperativista.
Com objetivos claros e eticamente discutidos, esses trabalhadores economizaram, durante doze meses, 28 libras e criaram uma sociedade que atuaria no mercado, tendo o homem como principal finalidade – e não o lucro.
Essa atitude representou uma reação à ganância capitalista que, na época, submetia crianças e mulheres a jornadas de até 16 horas de trabalho. O êxito dessa iniciativa passou a ser um exemplo para outros grupos.
As cooperativas de consumo multiplicaram-se pela Europa de forma tão intensa que em 1881 já existiam cerca de mil sociedades e 550 mil cooperantes.
O cooperativismo evoluiu e conquistou um espaço próprio, definido por uma nova forma de pensar do homem, do trabalho do desenvolvimento social.
A história demonstrou que, posteriormente, essa prática também se manifestou como alternativa de organização de trabalho nos países ditos socialistas, os quais, de outra forma, também separavam o trabalhador de seu meio de produção.
Os valores de ajuda mútua e igualdade de direitos e deveres cultivados pelos tecelões ingleses são tão fundamentais que, mesmo passados mais de cem anos, permanecem como o cerne desse movimento que se expandiu pelo mundo através dos tempos e em diferentes campos da atividade humana.
Por atuar de forma intermediária, onde propriedade não é nem do capitalista nem do Estado, o cooperativismo é aceito por todos os governos e reconhecidos como uma fórmula democrática para a solução de problemas sócio-econômicos.
DESENVOLVIMENTO DO COOPERATIVISMO NO BRASIL
Por aqui, o movimento não demorou muito tempo a chegar. Já na época colonial ele começou a acontecer, principalmente pelas mãos dos jesuítas, que assumiram o papel de colonizar parte do Brasil.
Menos de 50 anos depois do feito em Manchester, em 1887, foi formada a primeira cooperativa brasileira. Em São Paulo, formou-se a Cooperativa de Consumo dos Empregados da Companhia Paulista. Em Minas Gerais, graças à mineração, a Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto foi criada.
Inicialmente, essas organizações tinham o objetivo de facilitar o consumo de diversos produtos, como os agrícolas, por parte de seus integrantes. Deu tão certo que o processo ganhou força e, aos poucos, conseguiu se espalhar pelo país.
Na década de 1960, foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), responsável por defender os interesses dessas associações. Em 1971, foi criada a Lei nº5.764, que definiu a Política Nacional de Cooperativismo.
Com maior segurança jurídica, um novo capítulo da história do cooperativismo no Brasil foi construído. Nos anos 1990, o modelo se consolidou de vez e passou a ser visto como uma alternativa válida para solucionar vários problemas socioeconômicos.
OS MODELOS AO LONGO DA HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO
Para atender a diversas necessidades, as cooperativas passaram a assumir novas formas e atividades. Compostas por grupos diferentes utilizam o sistema coletivo e sem foco nos lucros para conseguir resultados melhor para todos.
EM QUAIS SETORES O COOPERATIVISMO ESTÁ PRESENTE?
Pensando na forma de atuação, as cooperativas se dividem em 7 grandes ramos, que antes eram em 13 setores. A nova classificação foi criada pelo Sistema OCB e passou a vigorar no Brasil em 2019. Os ramos principais são:
Agropecuário
O setor agro é um dos que mais produzem no Brasil e, por isso, estão entre os ramos importantes do cooperativismo do país. A união dos produtores rurais permite negociar melhores preços para insumos, vender com maior facilidade e obter mais concorrência de mercado.
Consumo
Formadas para diminuir os custos de produtos e serviços, as de consumo também fazem parte da história do cooperativismo. Com a mudança recente, passa a englobar cooperativas de educação e de turismo e lazer.
Crédito
As Cooperativas de Crédito formam instituições financeiras que não têm interesse no lucro. Todo mundo tem poder de decisão, assim como nas outras, e as sobras financeiras são divididas proporcionalmente. Os serviços vão desde contas correntes a financiamentos, empréstimos e investimentos. Com taxas de juros menores e maior rendimento, permitem fugir das condições desiguais dos bancos e ainda fortalecem o ecossistema empresarial.
Infraestrutura
No ramo de infraestrutura, estão incluídas também das habitacionais. Nesse caso, os cooperados realizam atividades de energia elétrica, irrigação, telefonia, construção civil e muito mais. É responsável por levar o desenvolvimento a todos os cantos do país.
Saúde
Voltadas às atividades de atenção à saúde humana, incluem médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos e outros especialistas do ramo. Com isso, as cooperativas conseguem melhorar a atenção à saúde em todo o país.
Trabalho, produção de bens e serviços
Unificada a várias alternativas, como mineral, especial e até parte da educacional e de turismo. Permite o empreendedorismo com abordagem colaborativa, o que aumenta a força de todos os negócios.
Transporte
O ramo de transporte engloba o transporte individual ou coletivo, bem como o de carga. Os cooperados devem ter a posse ou propriedade dos veículos e podem incluir atividades como transporte via táxi, van, carro, moto, caminhão ou ônibus.
A história do cooperativismo no Brasil e no mundo é marcada, principalmente, pelas transformações e adaptações às necessidades. Para o futuro, a tendência é que o modelo ganhe relevância e gere resultados diferenciados para todos que se envolvem com essa modalidade.
Fonte: Site Blog Unicred Digital
CONHEÇA OS 7 PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO
- ADESÃO LIVRE E VOLUNTÁRIA
- GESTÃO DEMOCRÁTICA
- PARTICIPAÇÃO ECONÔMICA
- AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA
- EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO
- INTERCOOPERAÇÃO
- INTERESSE PELA COMUNIDADE
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